domingo, 27 de maio de 2007

Carolina

Hoje peguei em ti pela primeira vez... és tão pequenina!!
Tens apenas 3 dias de vida mas já te acompanho há tanto tempo... ainda eras apenas um feijãojinho com 3mm!
Por ti brindámos, antecipando a alegria da tua chegada. E hoje no meu colo, davas aqueles mesmos "esticões" que tão bem se vislumbravam no DVD das ecografias.
Hoje, ao olhar para ti fizeste-me sentir que a vida é tão fácil e tão simples...

sábado, 26 de maio de 2007

Se...

Não sou muito dada a fazer este tipo de desafios, mas ao espreitar este cantinho que eu tanto gosto de visitar, decidi faze-lo também, não porque me fosse pedido mas apenas pelo prazer de o fazer.

Se fosse uma hora do dia, seria: aquela em que me deixo invadir pela preguiça depois de um almoço saboroso acompanhado com um cálice de bom vinho
Se fosse um astro, seria: o astro-rei, o sol, não porque ofusque mas porque gosto do calor e da luz.
Se fosse uma direcção, seria: a que indicasse o caminho certo.
Se fosse um móvel, seria: de design actual, de linhas rectas e simples
Se fosse um líquido, seria: água, pela transparência (às vezes demais…)
Se fosse um pecado, seria: sou muito tentada pela preguiça, é um facto…
Se fosse uma pedra seria: pedra de toque
Se fosse uma árvore, seria: um belo chaparro numa qualquer planície alentejana, á boa maneira de Florbela Espanca.
Se fosse um fruto, seria: um figo…ai que saudades dos almoços só com figos de S. João!!
Se fosse uma flor, seria: uma flor silvestre, pela beleza sem artifícios…
Se fosse um clima, seria: tropical, claro! Adoro as brisas quentes e para mim o calor só começa aos 30º.
Se fosse um instrumento musical, seria: aquele que fizesse qualquer um dançar ao seu som
Se fosse um elemento, seria: um que não viesse na tabela
Se fosse uma cor, seria: o azul, profundo, intenso, cristalino, azul-mar
Se fosse um animal, seria: um gato. Gosto de preguiçar e de ficar a apanhar sol embora me falta a elegância e graça dos movimentos
Se fosse um som, seria: de uma gargalhada espontânea, despreocupada, feliz
Se fosse uma música, seria: um medley de todas as que gosto e são tantas!!
Se fosse um estilo musical, seria: alternativo, porque nele cabe toda uma variedade de estilos
Se fosse um sentimento, seria: a amizade, a alegria, a sinceridade, o amor…em suma a felicidade
Se fosse um livro, seria: aquele que deixa o relógio fugir com as horas de tanto que nos absorve. A Insustentável Leveza do Ser foi um desses livros.
Se fosse uma comida, seria: de cozinha mediterrânica, confeccionada com muitas ervas aromáticas, para ser degustada em boa companhia
Se fosse um lugar, seria: aquele que ainda não fui, pelo prazer da descoberta
Se fosse um gosto, seria: o do teu beijo, por nele estar o sentimento que nos une
Se fosse um cheiro, seria: o cheiro da terra molhada após uma chuva de verão
Se fosse uma palavra, seria: aquela que tem o condão de fazer os teus olhos “rir” para mim
Se fosse um verbo, seria: o verbo ser…
Se fosse um objecto, seria: uma cama de rede…onde embalasse os pensamentos felizes
Se fosse uma peça de roupa, seria: de algodão com cores claras, para ser usada em dias quentes de verão
Se fosse uma parte do corpo, seria: os olhos por serem o espelho da alma
Se fosse uma expressão facial, seria: um sorriso
Se fosse uma personagem de desenhos animados, seria: Os marretas contam? É que sempre achei piada à Miss Piggy!
Se fosse um filme, seria: A Vida é Bela ( e é mesmo)
Se fosse uma forma, seria: um círculo, sem vértices ou pontas aguçadas, sem principio nem fim.
Se fosse um número, seria: um 8 deitado…sem limite, infinito
Se fosse uma estação, seria: um apeadeiro numa linha desactivada, só me encontraria quem me procurasse
Se fosse uma frase, seria: uma que terminasse em reticências…


Deixo aqui o desafio para quem o quiser fazer…

quarta-feira, 23 de maio de 2007

E porque hoje me deu para aqui...

Um dos poemas da minha adolescência, retirado do baú das recordações, porque há poemas que, sem razão aparente, se tornam intemporais.


Não digas nada!
Nem mesmo a verdade
Há tanta suavidade em nada se dizer
E tudo se entender
Tudo metade
De sentir e de ver...
Não digas nada
Deixa esquecer

Talvez que amanhã
Em outra paisagem
Digas que foi vã
Toda essa viagem
Até onde quis
Ser quem me agrada...
Mas ali fui feliz
Não digas nada

Fernando Pessoa

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Números

Numa das minhas deambulações pelo fórum da API, descobri um tópico em se falava de números e dos números que consideramos “nossos”, números que por qualquer razão nos dizem algo, e/ou se referem a alguma coisa que nos é querida, desejada, marcante.

Até à data não tenho nenhum número “meu”, todos os grandes acontecimentos da minha vida ocorreram em datas tão disparas, que a diversidade é a palavra que melhor define a sequência da minha vivência e ainda bem que assim é.
Mas se por um lado e por agora me sinto livre das contas, por outro quero voltar a fazê-las… e eis que volto de novo aos números.

No rescaldo de saber que ia Madrid (numa belíssima oportunidade de melhorar e muito o meu currículo profissional) e do nervoso que se lhe seguiu, resolvi marcar também a consulta, desta vez da especialidade. Ficou marcada para dia 6 de Junho (mês 6) às 16h…
Lembrei-me do tópico da API e não consegui deixar de sorrir…

(foto de Sérgio Fernandes www.olhares.com)

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Inesperados

Tantas vezes andamos nós à procura de algo e por vezes esse algo é que nos surpreende. O que era ontem uma possibilidade, é hoje uma certeza. Cada vez mais dou comigo a pensar que é muito bom sonhar, mas é ainda melhor quando o inesperado bate à porta e nos proporciona um daqueles momentos em que o riso e o nervoso miudinho são difíceis de esconder.

E nesses pequenos momentos em que conquistamos o mundo, tudo o resto parece possível e perfeitamente ao nosso alcance. Não há inseguranças ou receios que se imponham, embora mais tarde decerto que estes irão dar um ar da sua graça.
Mas por agora, nada disso importa…

(Não, não é o que estão a pensar…isso ainda não aconteceu…)

segunda-feira, 14 de maio de 2007

De volta...

A razão do meu silêncio nada tem a ver com tristeza, ou outros sentimentos menos positivos. A minha falta de notícias prende-se com o “Alzheimer” do meu computador, cuja memória andava desde há muito a acusar falta de vitaminas.

Mas eis que estou de volta às lides blogosféricas e com muita vontade de aproveitar os dias amenos que já se fazem adivinhar.
E por aqui, para além da época da sandaloca (que embora timidamente, já foi inaugurada), já está também oficialmente aberta a época do caracol… e que bons que eles estão!!!!!!!!!!!

(foto de Pedro Santos www.olhares.com)

terça-feira, 8 de maio de 2007

Miopia ou falta de vista?


Depois desta minha odisseia, decidi ver as opções que tinha ao meu dispor para resolver o problema, e parece que vou continuar a ver o mundo com óculos durante pelo menos mais algum tempo.

Enquanto esperava pela minha vez de ser atendida, dei por mim a pensar acerca da falta de visão e outras miopias da vida.
Não me considero uma pessoa particularmente vaidosa, mas gosto de me sentir bem e bonita (a chegada aos “intas” vieram acentuar esta tendência, é certo). Não sou no entanto escrava da moda. Uso o que me apetece, quando me apetece, à excepção de quando os compromisso profissionais obrigam a um cuidado especial na apresentação.

No entanto cada vez mais somos bombardeados/as com os ditames de moda/estética que na maior parte das vezes em nada nos ajudam a elevar a auto-estima. Desde sempre me interessei mais pela personalidade do que pela aparência. Vale o conteúdo e não a forma, talvez porque é também dessa forma que gosto que os me vejam: pelo meu contéudo.

Talvez por isso não fiquei desapontada por ter de continuar a ver o mundo através de lentes.
Míope? Sim.
Falta de vista? Não. Tenho os horizontes bem abertos.
(foto de Sab34 www.olhares.com)

sábado, 5 de maio de 2007

Cores

Quanto mais depressa cair, mais depressa me levanto.
Tem sido este o lema ao longo da minha vida. Não vale a pena ficar a lamentar o que não aconteceu, o que poderia ter sido, o que gostaria que fosse. A cada passo que dou construo um pouco melhor a pessoa que sou, aprendo comigo e com os outros, e sobretudo aprendo a ver o mundo em outras cores. Nem sempre é preto, ou branco, ou mesmo cinzento. Existe uma paleta de cores tão grande e variada, porque havemos de insistir em pintar a nossa vida sempre com mesmas cores?

É por isso que declaro aberta a paiting season.
Vou continuar a pintar a minha vida com outras, mais cores, diversificando actividades, recuperando hábitos esquecidos e procurando outros novos, sem nunca esquecer aquelas cores especiais que me aquecem o coração, em cujos quadros de vida quero continuar a pertencer e a contribuir com umas pinceladas.

Nesta minha colecção particular, quero deixar espaço para muitos autores, momentos, cores, temas, que no seu conjunto fazem de mim aquilo que sou: feliz, mesmo com as riscas solitárias.


(cores da Ilha do Sal, Cabo Verde, Setembro 2004)

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Não bastava...

Ter de encurtar as miniférias para vir trabalhar, chove desalmadamente e tenho a minha cabeça transformada num tambor de tanto me doer...
Haja paciência!

terça-feira, 1 de maio de 2007

Tolices minhas

Embora tenha de mim a ideia de ser paciente, esta espera tem mostrado que sou na realidade muito impaciente, pelo menos nesta parte da minha vida. No entanto, sinto que a pouco e pouco volto a ter o controlo da situação, ainda que não dos resultados. Sinto-me agora mais calma, mais segura, apesar de sentir que ainda não estou nos trilhos certos para conseguir levar esta etapa a bom porto, mas…vou seguir aquilo que me parece ser a velocidade certa.
Terminei o último ciclo com ajuda de medicação. Não tenho sinais de nada, nem de gravidez, nem de período, nem de outra coisa qualquer…No entanto sinto-me estranhamente calma. Ainda não comprei nenhum teste e embora já pudesse testar, não me apetece deparar-me já com um negativo. Quero sonhar mais um pouco. Quero pensar que dentro de mim pode estar a acontecer algo de maravilhoso. Por isso vou saborear este meio termo, este tempo de incerteza. Sei qual será o resultado, mas vou por alguns dias adiar o desfecho que adivinho. Sei que estas serão as minhas últimas incertezas durante algum tempo, já que irei seguir outros rumos em breve…e não me apetece acabar já com a dúvida.
Tolice, não é?
Ás vezes sinto-me tola por acreditar, outras tola me sinto por não me deixar levar pelo sonho… E nos entretantos, fico na dúvida…
Medo de me magoar? A vontade é tanta que, custa muito ter de enfrentar aquela risca solitária. E cada vez que me deparo com ela, é como se constatasse que sou tola por acreditar.