quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Em trânsito

Ainda não arrumei tudo o que trouxe e já estou novamente a fazer a mala. Desta vez a estadia por terras açorianas vai ser mais curta (cerca de três semanas) graças ao Natal. Os meus dias “continentais” têm sido uma correria constante, uma realidade tão diferente dos meus dias marienses.

Quando estava a aterrar sobrevoei as ruas congestionadas da capital e se por um lado as luzes brancas e vermelhas inundaram-me de conforto por saber que estava a regressar, por outro, o trânsito caótico logo me fez suspirar de resignação.

Também não tinha saudades nenhumas do frio. Dos casacos e cachecóis sim. De acender a lareira e enroscar-me em frente a ela também. Mas estes meus dias citadinos fizeram-se acompanhar com prazos que urgem ser cumpridos comigo ainda no continente e as minhas noites passam-se de lareira acesa mas em frente ao computador.

Em Santa Maria, pelo contrário o tempo custa a passar, mesmo para quem é de lá. Prova disso é que as pessoas passam muito tempo junto à rede do aeroporto a ver chegar os aviões, cada vez em menor número. Talvez lhes lembre os tempos áureos em que o aeroporto de Santa Maria era um dos maiores aeroportos da Europa. Antes das Lages. Antes de o Concorde deixar de fazer travessias supersónicas e de reabastecer lá. A ilha que efervescia com o movimento aéreo encontra-se agora resignada a uma posição menos estratégica.

O escritório é precisamente junto a essa rede e até eu, que tinha acabado de chegar, dei por mim muitas vezes a contemplar esse movimento esporádico de aviões e a seguir com os olhos o momento em que levantam voo. Depois regressam aos seus afazeres quotidianos, como quem regressa de uma pausa para café. E eu mergulho novamente no trabalho, na esperança que o tempo passe tão rápido como o avião que acabou de levantar voo.

domingo, 23 de novembro de 2008

Curtíssimas

Em paz. Comigo.
De regresso. Temporário.
Feliz. Novamente.

sábado, 1 de novembro de 2008

Dias marienses #2

Os dias continuam a passar devagar. Apesar da sua cadência lenta, vou rasgando os dias do calendário e quando olho, constato que já estou quase a meio desta etapa. Quase.
As saudades começam a fazer-se sentir com mais intensidade. As novidades já não são novidades. A mudança de rotina transformou-se agora na própria rotina. E o tempo continua a passar devagar…

Saudade...Saudade...