terça-feira, 2 de janeiro de 2007

Inconstante

Com tudo o que aconteceu nos últimos tempos acabei por não fazer uma espécie de balanço ao ano que agora terminou.

Numa única palavra: inconstante. Este foi um ano muito inconstante. Tão depressa me senti nos pincaros, como logo a seguir vinha aos trambolhões por aí a abaixo. Talvez o facto de ter deixado de tomar a pilula também tenha contribuído para este carrocel de emoções. Em todo o caso tenho de me sentir grata pelo bons momentos que vivi (e posso dizer que foram muitos) mas também me fortaleci com os maus (que também não foram poucos...). Ri e chorei mais do que em qualquer outro ano, senti muita tristeza mas também muita felicidade, mas acima de tudo sinto-me uma pessoa melhor, mais rica e preenchida.

Foi um ano em que perdi o meu avô e o meu tio, senti a tristeza dos que me são próximos. Mas foi também o ano em que decidimos ser pais e em que iniciamos essa viagem. Este ano acabei a pós-graduação, fui promovida mas também senti de perto o aperto do desemprego. Vi o projecto em que estava a trabalhar ser cancelado mas em compensação fui chamada para trabalhar numa área ligada (finalmente) à minha formação académica. Pela primeira vez pude orgulhar-me de ser geografa e de estar a trabalhar como tal (embora actualmente esse projecto esteja em banho-maria).

Quando olho para 2007 apenas consigo estar expectante. Não sei se será um ano em que irei concretizar os meus desejos, mas espero pelo menos ter saúde e não perder ninguém que me seja querido.

E não posso deixar de me sentir grata por três razões: ter ao meu lado uma pessoa muito especial, que dá cor aos meus dias, que alivia as minhas tristezas, que me escuta e me aconselha, que se ri com gosto das minhas piadas secas e que me faz sentir a pessoa mais especial do mundo. Obrigado por seres quem és e por me escolheres para partilhar a tua vida...

Sinto-me grata por ainda ter os meus pais comigo. Por estarem saudáveis e independentes. A perda do meu tio fez-me pensar ainda mais neles e no facto de não serem eternos.

A outra razão é pelos meus amigos. Não são muitos, mas são aqueles amigos que por mais que o tempo passe estão sempre lá. Que se alegram com as minhas alegrias e ficam tristes com as minhas tristezas. Amigos de verdade.

E apesar de andar à pouco tempo nestas andanças da blogosfera, obrigado pelas palavras doces que têm cá deixado. A todos desejo um bom ano de 2007!!!

By Gaijo, Albufeira, meia noite de 01/01/2007

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