Gosto de ver o mar em dias de tempestade...identifico-me com essa imagem. De observar as ondas a quebrarem-se com força nas escarpas e darem origem a uma miríade de gotículas de arco-íris, para logo de seguida voltarem a encrespar-se contra as amuradas.
Sou capaz de observar esta luta durante horas (fi-lo muitas vezes sentada numa escarpa no Porto das Lombas - creio ser este o seu nome - no Almograve). Ficava fascinada com a força das ondas, o barulho ensurdecer do seu lamento. Mas sobretudo pela perseverança do movimento. Pensava que também eu gostava de ser assim…a cada revés voltar a ganhar forças para uma nova investida. E a vida está a ensinar-me a fazê-lo, uma e outra vez, e muitas mais com certeza. Mas não pensem que me sinto triste, ou deprimida…estou apenas a recuar para o alto mar. Mas sinto-me como uma onda na tempestade…forte e compacta…e preparada para a próxima investida…
Foto de Vitor Reinecke (www.olhares.com)
5 comentários:
Compreendo bem o que descreves!
beijinhos e boa semana
Olá!
Gostei muito do teu post das caminhadas II... o que é preciso é caminhar para a frente que logo veremos onde isso nos levou... paradas é que não vamos a lugar nenhum...
e a comparação das investidas do mar com as nossas tentativas de ultrapasar obstáculos também está muito bem pensada...
Que poética!
Bjs
como te entendo em cada post que escreves!!
E a primeira vez que aqui venho, mas vou voltar.
beijocas
tica
É preciso ter a força do mar!
Beijocas
A Manganita anda na balda, não? Não há mais post?
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