sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
A vida acontece
Vou continuar a trilhar o meu caminho e a celebrar os momentos plenos que a vida me oferece. Talvez um dia regresse. Ou talvez não, que esta vida já me ensinou a não fazer planos e deixá-la simplesmente acontecer. Obrigada pelo carinho e amizade que tantas vezes por aqui apareceu. Fizeram parte dos tais momentos que acontecem e não se esquecem.
Até sempre…
sábado, 27 de dezembro de 2008
Silêncios
Gosto de silêncios. Na promessa do que não se diz fica parte do presente. Retido com a intensidade do que não é fútil. Os momentos mais belos vêm embrulhados em silêncios. Das palavras. Do que é inteligível. Sentido. Pudera eu formular desejos e eles virão envoltos em momentos silenciosos, em intensidades cambiantes em que olhares se encontram e não se afastam. Em silêncios.
“A partida é a única promessa que o silêncio não consente. Silêncios? – Sim, esses vão de viagem, cada um à sua janela”
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Do Natal e outras histórias
…até breve!
Inca: boa sorte!
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Em trânsito
Quando estava a aterrar sobrevoei as ruas congestionadas da capital e se por um lado as luzes brancas e vermelhas inundaram-me de conforto por saber que estava a regressar, por outro, o trânsito caótico logo me fez suspirar de resignação.
Também não tinha saudades nenhumas do frio. Dos casacos e cachecóis sim. De acender a lareira e enroscar-me em frente a ela também. Mas estes meus dias citadinos fizeram-se acompanhar com prazos que urgem ser cumpridos comigo ainda no continente e as minhas noites passam-se de lareira acesa mas em frente ao computador.
Em Santa Maria, pelo contrário o tempo custa a passar, mesmo para quem é de lá. Prova disso é que as pessoas passam muito tempo junto à rede do aeroporto a ver chegar os aviões, cada vez em menor número. Talvez lhes lembre os tempos áureos em que o aeroporto de Santa Maria era um dos maiores aeroportos da Europa. Antes das Lages. Antes de o Concorde deixar de fazer travessias supersónicas e de reabastecer lá. A ilha que efervescia com o movimento aéreo encontra-se agora resignada a uma posição menos estratégica.
O escritório é precisamente junto a essa rede e até eu, que tinha acabado de chegar, dei por mim muitas vezes a contemplar esse movimento esporádico de aviões e a seguir com os olhos o momento em que levantam voo. Depois regressam aos seus afazeres quotidianos, como quem regressa de uma pausa para café. E eu mergulho novamente no trabalho, na esperança que o tempo passe tão rápido como o avião que acabou de levantar voo.
domingo, 23 de novembro de 2008
sábado, 1 de novembro de 2008
Dias marienses #2
As saudades começam a fazer-se sentir com mais intensidade. As novidades já não são novidades. A mudança de rotina transformou-se agora na própria rotina. E o tempo continua a passar devagar…
Saudade...Saudade...
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Porque o mundo não acaba amanhã
Na vinda para cá fiz escala em S. Miguel durante umas horas. Nunca havia estado nos Açores e ao saberem que fazia escala lá, várias vezes me disseram para aproveitar para conhecer a ilha durante as horas que ia ficar à espera de ligação. Na verdade nem sequer saí do aeroporto.
Perguntam vocês porquê. Porque para mim conhecer um lugar não é apenas ir aos sítios turísticos, comprar souvenirs, tirar as fotografias da praxe e dizer “estive aqui”. Claro que há locais que, pela sua beleza e importância, merecem ser visitados. Com tempo. Com calma. Pausadamente, que para correrias já basta a azáfama do dia-a-dia.
Prefiro muito mais observar as pessoas no seu quotidiano, que é certamente diferente do meu, ouvi-las falar entre si, colher fragrâncias e aromas que me são desconhecidos, captar pequenos detalhes que seguramente escapam a um olhar apressado, pertencer durante algum tempo àquele lugar, senti-lo um pouco meu também. É assim que eu gosto de experienciar os locais. É assim que eu prefiro senti-los.
Por isso ainda não conheço S. Miguel. Não quis passar pela ilha à pressa. Com o tempo contado e a olhar para o relógio (que também propositadamente não tenho). Acho que S. Miguel tem muito mais para oferecer. Merece por isso muito mais tempo do que aquele que dispunha. Ficará para outra oportunidade…