Gosto de silêncios. Na promessa do que não se diz fica parte do presente. Retido com a intensidade do que não é fútil. Os momentos mais belos vêm embrulhados em silêncios. Das palavras. Do que é inteligível. Sentido. Pudera eu formular desejos e eles virão envoltos em momentos silenciosos, em intensidades cambiantes em que olhares se encontram e não se afastam. Em silêncios.
“A partida é a única promessa que o silêncio não consente. Silêncios? – Sim, esses vão de viagem, cada um à sua janela”
Lidia Jorge In “Silêncios” de Eduardo Gageiro