domingo, 28 de setembro de 2008

Outono

Ciclicamente recomeço.
Coloco de parte aquilo que me pesa, me prende. Dou as boas vindas ao revisitado, à renovação. Nem sempre possuo a capacidade de me reinventar. Não, eu não me reinvento. Aproveito a alma mater que me compõe e dou-lhe novas cores. Às vezes noto que algo se torna velho, obsoleto, desenquadrado. Quando isso acontece e a evidência se torna por demais nela própria é chegada a hora da renovação.
E este canto, pedaço de blogosfera, está a precisar de acompanhar os tempos. É preciso renovar, reciclar, reiniciar. Mudar a pele, mantendo a essência.
Perder as folhas.
Recomeçar.



Foto de Simone Nunes-Jonczyk (Olhares)

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Variações em tons de azul

Assim sou eu no tempo que é meu e que me pertence por inteiro.

Foto do Gaijo

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Eu reconheço

Agi mal e faço aqui um mea culpa
Não voltarei a fazer o mesmo, por muito que a língua me tente atraiçoar. Aprendi a minha lição. A sério que sim. Estou aqui a escrever com a alma em sangue com os remorsos que me mordem…
Vou, doravante, seguir os ensinamentos destes dias…
Eu nunca, mas nunca e volto a repetir, nunca mais…
…aviso que vou entrar de férias.
Bolas (para não sair das cabeludas) que tem sido um ver se te avias de trabalho! Até para os Açores me querem mandar. Não tenho nada contra os Açores, até tenho muita curiosidade em conhecer, mas convenhamos, agora não me dá particular jeito. Sobretudo se o bilhete não tiver data de regresso…

Ò Férias, onde andas tu?

sábado, 13 de setembro de 2008

É pena

É pena que os sentimentos mudem.
É desejável que evoluam, que acompanhem a mudanças dos tempos e da personalidade. Mas não são eternos ou imortais. Mudam, assim como nós mudamos. Eu não penso, nem sinto a vida da mesma forma que há 10 anos atrás. Os outros também não. E é nesta lenta mudança, de cambiantes feita que nem sempre aquilo que nos liga permanece imutável.
E é pena …

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Era uma vez...

Era uma vez um frigorífico. Humm…não, não é bem assim que começa.
Era uma vez uns dinheiritos guardados com muito sacrifício. Humm…também não.
Era uma vez um carro carregado com tralhas para as férias....Também não.
Era uma vez as férias…
Pois…

Qual é a conclusão que se tira?
Eu nunca mais faço planos à frente do frigorífico. A revolta dos electrodomésticos continua cá por casa.
Humpf…

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Certezas

Não quero alguém que morra de amor por mim…
Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.
Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim…
Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível…
E que esse momento será inesquecível..
Só quero que meu sentimento seja valorizado.
Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre…
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém…e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho…
Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente importa, que é meu sentimento… e não brinque com ele.
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.
Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe…
Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz.
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia, e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos, talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.
Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas…
Que a esperança nunca me pareça um “não” que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como “sim”.
Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim, sem ter de me preocupar com terceiros…
Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.
Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão…
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim…e que valeu a pena.

Mário Quintana

Gostava de conseguir viver de acordo com estas certezas. Não vivo. Tenho consciência desse facto e é precisamente por isso que muitas destas palavras fazem tanto sentido.