terça-feira, 29 de julho de 2008

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Dou por mim a olhar vezes sem conta para o relógio. Cada minuto vale por horas. Cada hora dura anos. E cada dia parece uma vida inteira. É de manhã e não sei o que vou encontrar à noite. No peito trago o peso da incerteza. E a convicção que amanhã vai ser igual senão pior. Não há subterfúgios, nem ilusões. Sei que esta situação vai ser limitada no tempo mas assusta-me as consequências que a sua continuação pode provocar. Quero acreditar que vai tudo terminar em bem, mas não sei se tenho a força suficiente…
Dou por mim a regressar anos atrás em que tinha de me encher de coragem para abrir a porta de casa e não sabia o que ia encontrar…
O sentimento é o mesmo… e a incerteza também.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Loira, eu?

Expliquem-me lá como se eu fosse muito loira: o preço do petróleo está a descer de forma sustentada, estando aos mínimos de há 7 semanas. No entanto essas descidas não se estão a reflectir na descida de preços nas bombas. E pergunto eu, será que não há ninguém iluminado, como por exemplo aqueles senhores que estão naquela casinha ali para os lados de S. Bento, ou até mesmo aquele senhor muito importante que em tempos foi professor de economia e que agora trabalha ali para Belém, a reparar nisto? Será que ninguém faz nada?!
Li há pouco que o presidente da APETRO (Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas) justificou este desfasamento com o facto de a média das cotações que definem os preços ser feita apenas no final da semana e para a semana seguinte, acrescentando ainda que o dólar tem vindo a valorizar-se pelo que, ai e tal, se calhar as descidas não vão ser por isso muito acentuadas.
Não deixa de ser curioso: enquanto o euro se valorizava face ao dólar, o petróleo subia a valores nunca antes visto e nem por isso as subidas de preço eram mais tímidas. Mais, assim que os preços aumentavam nos mercados já a Galp e afins os reflectia nas bombas, sem esperar pelo fim da semana…

De facto há coisas que não compreendo…deve ser da cor de cabelo, digo eu…

PS – Obrigado pelos vossos comentários e carinho. Mas estes tempos conturbados têm a sua génese noutras questões que não a infertilidade. Melhores tempos virão, eu sei, mas às vezes é preciso pôr cá para fora o que nos vai bem cá no fundo.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

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Conseguisse eu acalmar os teus temores e tornar novamente luminosos os teus dias…
Soubesse eu que ao rasgar as folhas do calendário assim conseguia enganar o tempo…

segunda-feira, 21 de julho de 2008

O gosto amargo da derrota

…é o aroma que trago na boca.

Porque é as coisas têm sempre de ser tão suadas, sofridas e difíceis? Estou cansada de procurar o lado positivo e de relativizar as coisas.
Será que para variar não podia ser ao contrário: glorificar o lado positivo sem a passagem pela agrura da sua não concretização?
Bolas, pá!

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Abram alas!


Deixem passar o fim-de-semana!

Há muito que não me lembrava de suspirar tanto por um…

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Voltas da vida

A minha vida às vezes parece um grande carrossel de tanta volta que dá… o problema é que eu nem sempre gosto de andar de roda-gigante…

Esta é uma delas.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Um qualquer dia de Verão

É hora de almoço. Sente-se um burburinho no ar. Por entre o som das cadeiras que se arrumam, ouvem-se saudações, formulam-se convites, trocam-se cumprimentos, abrem-se portas, passam-se cartões. Em poucos minutos a calma volta outra vez a instalar-se. A grande azáfama já passou para apenas regressar depois de passada volta e meia ao relógio.
Às vezes faço parte dessa mesma azáfama, que sobrecarrega os corredores. Outras vezes deixo-me ficar no meu canto e dou largas ao meu espaço de tempo livre de obrigações. É neste meio tempo que me dedico às caminhadas ou a outras actividades que decorrem ao sabor dos meus desejos.
Nestes últimos dias tenho sido bafejada pela sorte. Existe um sítio próximo do meu local de trabalho que fica à sombra na hora do almoço. Trata-se de um pequeno jardim nas traseiras de uma rua de habitação ocupada maioritariamente por estudantes universitários e por onde pouca gente passa.
O normal é estar sempre ocupado, mas nestes últimos tempos parece estar simpaticamente à minha espera quando chego de manhã e procuro um lugar para estacionar. Calculo que esta sorte se deva à época de exames universitários que entretanto já começou, afastando os jovens inquilinos para a reclusão do estudo ou antecipando as férias estivais.
Nestes dias dou por mim a participar na azáfama da hora de almoço, mas apenas para desaparecer em direcção a este pequeno jardim, com um livro entre as mãos e uma enorme vontade de me entregar por completo às histórias que ele contém. É como se fosse um cheirinho ainda a férias…eu e um livro, debaixo da sombra de uma árvore num qualquer dia de Verão.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Pequenas grandes coisas

Gosto de coleccionar momentos, instantes, pedaços da minha vivência que me preenchem por dentro.
Perder noção das horas, em conversas sinceras, celebrando amizades antigas, quando o sol ainda nos faz companhia e ilumina o café que é já designado por “o do costume” depois de mais um dia monótono de trabalho.

São momentos desses que me fazem pensar que a vida é feita de pequenas grandes coisas, pelas quais eu me sinto grata e que conferem significado à minha existência. É destes momentos que eu quero rechear a minha vida, para que sempre que eu olhe para trás estes momentos se elevem de entre tantos outros e possa gritar sem medo: sou feliz!