terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Neura e Companhia Lda.

Ó tu, que apareces sem ser convidada, ocupas os meus dias por inteiro e ainda demoras para te ir embora…

E nem mesmo a razão pode contigo, porque superas todos os argumentos possíveis e imaginários. Já me falta a criatividade e força para lutar sozinha contra o mundo, que insiste repetidamente em me tirar do sério.

Não me apetece andar zangada e irritada, sobretudo quando sei perfeitamente que a culpa não é dos outros, mas sim minha, já que não te consigo expulsar. E ainda por cima trazes o mau-humor contigo, o que aniquila as poucas possibilidades de debelar-te à conta da gargalhada fácil, já que estas não saem, nem a ferros.

Vá…deixa-me lá em paz e voltar à calma pacata da minha existência.

Até hoje eu nunca soube o que era a TPM…Mas agora que já sei, podes fazer o obséquio de ir embora?

Agradecida.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

...

Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser perfeito, relaxaria mais, seria mais parvo ainda do que tenho sido, na verdade, poucas coisas levaria a sério.
Seria menos higiénico.
Correria mais riscos, viajaria mais.
Contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios.
Iria a lugares onde nunca fui, comeria mais gelados e menos lentilhas, teria mais problemas reais e menos problemas imaginários.
Eu fui dessas pessoas que viveu sensata e profundamente cada minuto da vida.
Claro que tive momentos de alegria.
Mas, se pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons momentos.
Porque, se não sabem, disto é feita a vida, só de momentos; não perca o de agora.
Eu era desses que não ia a parte alguma sem um termómetro, uma botija de água quente, um guarda-chuva e pára-quedas.
Se voltasse a viver outra vez, viajaria mais leve.
Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da Primavera e continuaria assim até ao fim do Outono.
Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres, brincaria mais com as crianças, se tivesse outra vez uma vida pela frente.
Mas, já viram, tenho 95 anos e sei que estou a morrer.

Autor desconhecido

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Palavras

É na simplicidade das palavras se lê a essência do ser...
Se pudesses ser uma palavra qual serias?
O alfabeto…com ele construo o resto…

E vocês?

(foto de Fernando C em www.olhares.com)

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Em arrumações


Há já algum tempo que ando a arrumar os assuntos pendentes nas prateleiras certas. Não tem sido fácil. Às vezes ainda me custa relembrar porque é difícil dizer adeus a algo que se desejou durante tanto tempo. A minha ambição profissional está a pouco e pouco a direccionar-se noutras direcções e ao fazê-lo permite-me deixar espaço para encarar a vida de outra forma.

Penso que talvez o meu percurso no reino da infertilidade siga eventualmente um percurso semelhante, embora num futuro ainda distante, já que tenciono lutar durante muito mais tempo.
Contudo, este arrumar de ideias teve o condão de me apaziguar com a vida, acalmou a revolta contida e o sentimento de injustiça que tanto tempo me acompanhou… e consumiu…

Talvez só agora esteja efectivamente melhor preparada esta outra batalha da minha vida…
(Foto de Teresa Serra em www.olhares.com)

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Cúmulo da Gajice

É não conseguir sair de manhã com o carro dele, por não ter força para destravar o travão de mão… e depois ainda nos recebem a rir quando pedimos ajuda, a mesma ajuda que dispensávamos se não tivessem puxado o travão até ao tejadilho…

Gajos!! Ò raça…

domingo, 13 de janeiro de 2008

Domingo de Inverno

O tempo está feio. O vento uiva ao passar por debaixo da persiana fechada. As luzes lá fora estão acesas, apesar de ser meio da tarde. A estrada está molhada e as goteiras pingam copiosamente. Apetece-me enroscar debaixo de uma manta e começar a ler um livro. Até já o tenho seleccionado e está em destaque sobre a mesa da sala, como que a lembrar-me desse velho compromisso assumido há já algumas largas semanas.
No entanto aqui estou, presa ao teclado. Apetece-me libertar pensamentos em vez de beber os dos outros. Como que a degustar o prazer de ter todas as tarefas feitas e ser dona do meu tempo. Por inteiro. Sem pausas ou interrupções.
Bom, na verdade ainda tenho algumas por fazer, mas não me apetece. E estava a falar do tempo. E este tempo melancólico fez-me remeter para outras épocas, outras distracções, outras viagens. Espaços de tempo em que me evadi da minha realidade, do meu quotidiano, em que contactei com outras formas de estar e de viver. Gostava de poder viajar mais, sair mais desta rotina. Mas enquanto não o posso fazer, vou aproveitando estas tardes de Inverno em que sou dona do tempo para me evadir por aqueles sítios onde já estive e durante algum tempo fiz parte dessa mesma paisagem.
Como aqui, num outro Domingo distante…

(Em Furka, Suiça, Abril de 2004)

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Dieta à la carte

Fazer dieta não deve constituir uma etapa na nossa vida, algo que passado algum tempo deixa de ser seguido e permite que o peso perdido seja novamente readquirido. Aliás, acho a palavra dieta demasiado pesada, restritiva, a lembrar sistematicamente que não podemos ou não devemos fazer algo, o que só por si é pouco encorajador.

Acho que melhor do que fazer dieta é adquirir novos hábitos alimentares, mais saudáveis e claro, fazer algum exercício físico. Há uns anos atrás atingi um peso demasiado alto:75 kg e uma vez que sou mais do tipo “rasteirinha”, fiquei uma pequena bola deambulante que de saltitona tinha cada vez menos.

Resolvi fazer algo para reverter a situação, mas queria fazê-lo de forma conscienciosa. Comprei alguns livros sobre nutrição e alimentação e com isto aprendi a seleccionar melhor os alimentos e a melhor forma de os cozinhar. Aprendi igualmente a substituir alguns alimentos por outros mais saudáveis, que de resto pouco ficavam atrás em termos de paladar.

Acrescentei ainda um grande aliado não só para o corpo mas também para a mente: o exercício físico. Sempre gostei de actividades ao ar livre (as saudades que tenho dos trabalhos de campo da faculdade…), mas a lufa-lufa do dia a dia deixava-me pouco tempo disponível para frequentar um ginásio, para além de que o orçamento familiar vai sendo cada vez mais pequeno para fazer face ao aumento do custo de vida.

Assim sendo, a solução apresentou-se sob a forma de caminhadas. È fácil, não requer vestuário próprio, pode ser feito em qualquer lado, é de borla e ainda pode ser efectuado com companhia ou então constituir um espaço pessoal de reflexão. E basta apenas uma caminhada de 30 a 40 minutos para que se queimem as calorias do gelado que comemos ao almoço…
Com isto perdi 17 kg em cerca de 8 meses. Destes recuperei 7 kg com os tratamentos, o Natal e algum abandono das práticas das caminhadas, mas sei que os hábitos mais saudáveis que adquiri me têm valido para não aumentar mais de peso.

Resta-me então, fazer não propriamente dieta no sentido restrito da palavra, mas insistir mais na manutenção de uma alimentação tão saudável quanto possível e voltar às minhas caminhadas à hora de almoço.

Espero ter ajudado quem como eu se debate com problemas com a balança. Depois conto a minha evolução nos próximos tempos…

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Pergunta

Sabem quem vai ver The Cure?
Sabem?
Sabem?

Ah pois é!!

(Tinha de partilhar isto)

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Diplomacias à parte...

Apesar das tréguas assinadas, a Balança insiste em passar das marcas anteriormente estabelecidas. Foram vários os avisos feitos e diversas as tentativas de conciliação, culminando num ultimato no início do ano. Mas uma vez que não foram obtidos resultados positivos e após nova ronda de conversações, declaro que estão abertas as hostilidades.

É assim tornado oficial: estou de relações cortadas com a Balança e em guerra aberta com o excesso de peso!

(…e sempre é uma forma mais saudável de combater os pensamentos ruminantes e pô-los a pastar noutro lado…)

domingo, 6 de janeiro de 2008

Pensamentos ruminantes

Sou atreita a este tipo de pensamentos. Normalmente andam a bailar-me na cabeça e enquanto não os arrumo no sítio certo não me largam.

Era uma vez 2 concursos (sim, ainda o mesmo assunto…eu avisei que eram ruminantes…)
O 1º era para uma vaga: fico em segundo lugar
O outro era para 5 vagas: fico em sexto…

Como é que eu arrumo isto na minha cabeça, quando é a quarta vez que fico literalmente à porta?

Como?

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

(200)8 fora nada

Noto que a frescura dos “intes” já se foi e deu lugar à dos “intas” quando se demora mais de 1 dia a recuperá-la…
Mas eu chego lá!

Votos de um bom ano a todos!