sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Adeus 2007

Tentei chegar à Lua e segurar um pedacinho do céu
Sonhei e cai

Levantei-me e voei
Também baixei as asas e também me escondi

Tentei agarrar o futuro com as minhas mãos.
Fui à luta e perdi…

Questionei, ri e chorei, vivi
Colhi afectos e palavras
Dei muito e muito recebi

Numa única palavra: cresci.
Como mulher.
Como pessoa.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

É Natal...

Já fui grande fã do Natal. Vibrava com os preparativos, o embrulhar das prendas, o cheiro a doçaria quando entrava em casa, a roda-viva própria da época, tanto mais que durante muitos anos trabalhei em lojas de artesanato durante as férias e fins de semana e nesta altura convivia de perto com a azafama das pessoas na sua senda da procura de prendas especiais (ou não).
Isso contagiava-me e quando chegava a casa estafada e mais morta que viva de cansaço, sentia-me bem por ver a minha mãe e avó juntas a ultimar os preparativos e um cheiro a conforto no ar que agora sei que era aquela alegria genuína.

A família nuclear sempre foi pequena: eu, os meus pais e a minha avó. Mais tarde perdi a minha avó mas ganhei a família do gaijo, também ela pequena: ele, os pais e a avó dele (entretanto também falecida). Porque é que eu estou a falar disto? Porque sinto que morreu muita dessa alegria que sentia. No ano passado tive a infelicidade de perder neste dia mais uma pessoa que me era querida e atribui a ausência de alegria a esse facto, mas o ano passou e a alegria não voltou.

Gostei do meu Natal. Foi um Natal simples, com muita conversa boa, em que se partilharam bons momento e afectos, precisamente como gostaria que fosse. Senti-me bem, e no entanto sinto que faltou alguma coisa, algo que não sei bem o quê…começo a pensar que a menina que fui e que ficava tão feliz apenas a olhar para as luzes a piscar na árvore está a ter crescer… e tenho pena, porque gostava de sentir que ainda tenho essa capacidade, a capacidade de me sentir novamente uma menina e esta era uma dessas alturas.

PS - a conversa sincera de Domingo colheu bons frutos...

domingo, 23 de dezembro de 2007

Quando dizemos o que os outros não gostariam de ouvir

Abri o coração. Falei com toda a sinceridade. Se alguém nos faz sentir merecedora das suas maiores confidências merece ouvir de nós aquilo que genuinamente pensamos. Essa é provavelmente a maior prova de amizade que podemos oferecer a alguém.
Mas depois…depois fica sempre aquela sensação algo incómoda de saber que os outros vão meditar acerca do que dissemos e pensámos, sobretudo quando o que dissemos e pensámos não são exactamente o que mais gostariam de ouvir…

Porque não é fácil dizer que achamos que o caminho tomado foi um atalho com consequências duvidosas. Porque acho que essa pessoa é tão especial que merece que lutem por ela como nunca o haviam feito… porque, embora seja mais fácil regressar ao conforto do que já se teve sem ter reconstruído de forma sólida os alicerces de uma relação, esse é o também o primeiro passo para regressar novamente ao passado, esse passado que abriu feridas profundas, num futuro muito próximo.

Mas fui sincera, na convicção que não seria uma boa amiga se não fosse assim. Porque não sou capaz de anuir apenas porque é mais fácil....Mas sobretudo porque gostaria que, se fosse comigo, ela tivesse essa atitude também: de oferecer sinceridade.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Mais uma semana louca de trabalho que me permitiu abstrair de tudo o resto e concentrar-me apenas nas prioridades mais urgentes. Permitiu que a tristeza por não ter conseguido alcançar o que queria se desvanecesse por si mesma.

O que me custou mais não foi apenas o ruir das expectativas, mas sim o facto de ter acontecido com ambas muito mais cedo do que o esperado e no mesmo dia, com diferença de um par de horas. Senti arrancarem-me das mãos a oportunidade que tinha de sonhar mais um pouco e foi isso que me derrubou. Seria o destino a prevenir-me de uma queda maior? Talvez…mas naquele momento nada disso importava…

Agora sim, é tempo de estar comigo mesma e com aqueles com quem gosto de estar. De viver o meu Natal, que para mim é cada vez mais apenas o estar com quem me diz muito, muito, muito, não apenas agora mas ao longo da minha vida, todos os dias do ano. Com quem sinto carinho, amizade, amor, confiança…com quem sou sincera e confidente. Com quem me alegra nos meus momentos tristes e com quem me faz sobressair o melhor de mim.

Porque afinal o Natal é sempre que uma Maganita quiser…

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Duas mãos cheias de nada


Assim terminaram as minhas expectativas…no mesmo dia e antes do esperado…mais uma sintonia do destino.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Gerir emoções

Embora tenha conseguido até aqui andar calma e despreocupada, esta semana as coisas têm tendência a agravar-se.

Estou outra vez num pico de stress no trabalho e, embora esta situação tenha o lado positivo de me manter muito ocupada, a verdade é que lá no íntimo a ansiedade começa a pouco e pouco a dar sinais de vida.

Não me queixo, até porque sinto-me feliz por sentir que tenho tantas possibilidades em aberto, mas conseguir gerir tudo e ir mantendo as coisas em perspectiva é um exercício que não se me afigura fácil.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Segunda feira

Esse dia diabólico em que frequentemente julgo haver um complô para me deixar a rabujar logo pela manhã.
Hoje foi o dia do Santo Auto Rádio perder o pio…vim o caminho todo “surda” sem as notícias do dia.
E depois se somos atacados por ET’s como é que eu sei?

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Espirito natalício

Já ia sendo tempo de dar um cheirinho a Natal aqui por estes lados. Até porque ultimamente as boas noticias têm vindo ter comigo e se já antes adorava a magia do Natal, este ano faz ainda mais sentido torná-la mais presente em mim, aqui e no meu dia a dia.

É certo que o Natal é quando o Homem quiser, mas aqui esta maganita está particularmente envolvida na época. É que para além das boas novas dos concursos, ontem soube também que uma parte de mim pode começar a descansar quanto a um problema familiar de longa data. Um problema que eu pensava ser uma causa perdida, mas que a vida na sua infinita sapiência me mostrou que sim, é possível mudar…mesmo que para isso seja preciso uma vida inteira para o conseguir.

O Natal é apenas no dia 25, mas para mim ele já chegou. A magia anda no ar…

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Sintonias

Tal como no meu tratamento, também aqui passei à fase seguinte.
Estou num turbilhão de emoções. Os testes foram tão difíceis que o facto de passar à última fase é por si só uma grande vitória.
Mesmo que não consiga qualquer um dos lugares (sim, porque concorri a dois, e ainda só sei os resultados de um), reconforta-me saber que cheguei até aqui.

Será que é desta que vou conseguir alcançar ambos os sonhos?
O que é certo é que nunca me senti tão próxima de os realizar como agora…

Adenda: passei igualmente no outro concurso à derradeira fase. É neste último que deposito maiores esperanças.
E obrigada pelo carinho e pela força que me têm dado...

domingo, 2 de dezembro de 2007

Visitas indesejadas

Já tinha ouvido rumores que poderiam aparecer, mas fiz o que estava ao meu alcance para evitar que me dessem o desprazer da sua companhia.

O Sr. Espirro e a D. Garganta Irritada já me tinham avisado que ela poderia estar prestes a chegar. E na sexta à noite os meus receios foram confirmados quando a D. Rouquidão deu o ar da sua graça e ontem o menino Pingo nunca mais me deixou sossegada.

Acabei por ter de receber a Sra. Constipação, que insiste em aparecer sem se fazer convidar e não tem pressa de se ir embora. Ando a servi-lhe muito chá de limão com mel, mas mesmo assim acho que esta senhora teve uma grande falta de chá em aparecer nesta altura.