sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Fechar o ano

Hoje espera-me um dia dificil. O corpo do meu tio chega hoje ao Algarve. Não sei bem as horas porque os meus primos e tia partiram ontem de França. Resolvi vir trabalhar e só depois seguir rumo a Sul, porque assim sempre mantenho a cabeça ocupada com outras coisas, ou pelo menos assim espero. O funeral vai ser amanhã.
E assim termino o meu ano...com muita tristeza. Mas por outro lado penso que o próximo só pode ser melhor que este, basta que pelo menos tenhamos saúde, né?
Quanto ao meu desejo de engravidar, tenho tentado não pensar muito nisso. Continuo com a minha vidinha, esperando que o próximo ano me traga a concretização desse desejo. Gostava de pensar que tudo isto é uma espécie de conta corrente: com tantos acontecimentos tristes (este ano para além do meu tio, faleceram também o meu avô e a avó do gaijo), bem que se podia contrabalançar a coisa com um acontecimento bem feliz que trouxesse alegria a todos nós, não era?
Ó senhor dos cordelinhos! Sim, estou a falar consigo!!!Veja lá se compõe aqui a coisa que isto não está fácil.
E tenham todos um Bom Ano...

quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

A vida continua...

E temos de andar para a frente, porque como dizem os brasileiros atrás vem gente...Vou tentar ser mais optimista. Espero conseguir, até porque dias dificeis me aguardam...
Em jeito de remate de um Natal infelizmente com travo a tristeza, deixo aqui o prémio Originalidade para uma prenda que me conseguiu arrancar uma boa gargalhada: um pimenteiro em forma de doninha. Imaginem por onde sai a pimenta? Nem mais!!!

terça-feira, 26 de dezembro de 2006

Fim

Aconteceu o que já estávamos à espera...O meu tio faleceu ontem, dia de Natal...Sinto muita pena pela minha tia, pelos meus primos... mas sinto também um certo alivio. Já não era viver. Mas também não consigo deixar de pensar nos meus pais e no facto de um dia (muito distante espero, e se a ordem natural das coisas se mantiver) também eu terei de lidar com isso.

segunda-feira, 25 de dezembro de 2006

Continuam tristes os dias

Continuamos à espera do tal telefonema...
E eu este ano, pela primeira vez na minha vida, não consegui reviver aquela magia do Natal. Mesmo quando a minha avó morreu consegui dar a volta por cima. Mas este ano...este ano não...
Acordei de manhã e os dias continuam frios...tristes...nem mesmo o sol que agora me bate nas costas, me traz aquele conforto de uma nova manhã pronta a estrear.
Continuam tristes os dias...
Queria...
Queria poder... e não posso...
Queria estar... e não estou...
Queria dar... e não dou...
Queria falar... e não falo...
Queria...

sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

Dias Tristes...

A vida é mesmo um carrocel: dá muitas voltas...
Uma pessoa que me marcou muito foi a minha Avó. A minha querida avó...
Faleceu já há quase 10 anos mas ainda hoje me recordo do seu riso, da sua expressão, do seu jeito simples de falar, mas recordo sobretudo a sua força e coragem. Perante tantas adversidades que a vida lhe colocou, nunca baixou os braços, nem teve uma má palavra com ninguém... Era a minha avó querida...
A mesma coragem e bondade eu encontro agora na minha tia, que quer fisicamente, quer de personalidade vai ficando tal e qual a minha avó. É como se eu assistisse a um desenho feito a carvão que á medida que o tempo passa vai ficando mais nitido. É o que se passa com a minha tia: à medida que o tempo vai passando, vai ficando mais parecida com a minha avó... De tal modo que na última vez que estive com ela, vieram-me as lágrimas aos olhos...parecia que por uns momentos estava outra vez a falar com a minha avó...
Esta é uma altura em que a sua presença é quase omnipresente. Ela fazia anos a 24 de Dezembro e todos os anos passava esta quadra connosco. Mas este ano outro triste acontecimento me liga mais a ela... o meu tio está em estado terminal. Entrou já em coma profundo e talvez até já tenha falecido enquanto escrevo estas linhas. E revejo na minha tia outra vez a minha avó, na sua força, coragem... Tenho tanta pena...Sinto-me tão triste por nada poder fazer para aliviar a dor que deve estar a sentir...
Avó...manda-lhe um sopro de consolo...

quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

Dias bonitos

Vem à minha memória um trecho que li algures à muito tempo atrás, cujo autor desconheço, mas cujas palavras são simplesmente inesquecíveis...
Tal como um bom livro manuseado vezes sem conta...
tal como um bom vinho que se degusta calmamente...
(...)
Quanto mais envelheces mais querido me és...
E há coisas na nossa vida que vão sendo ainda mais bonitas à medida que o tempo vai passando por elas...Talvez porque ganham aquele brilho especial de algo que parece perene, eterno...e no entanto o tempo vai passando e não se desvanecem, pelo contrário, tornam-se mais belas ainda...e é essa beleza que dá cor aos nossos dias e nos fazem sentir especial..como uma criança no seu dia de anos.
Eu sinto que hoje faço anos.
Porque me sinto especial...merecedora de uma amizade especial...grande..tão grande como os Himalaias...ou maior ainda!
Obrigada, F.

terça-feira, 19 de dezembro de 2006

Oferece-se...

Dores de cabeça…bem grandes!!! Daquelas em que o Sr. do bombo não se cansa de ecoar dentro da cabeça…
Daquelas em que tudo deixa de fazer qualquer sentido porque simplesmente não conseguimos pensar…
Daquelas em que até custa virar o olhar…
E ao pensar que só chego a casa às 23h…ai…que elas ainda moem mais…
Com tanta gente a nascer rica, logo havia de calhar naquela imensa maioria que tem de trabalhar para ganhar a vida.
Ai a minha carola….

domingo, 17 de dezembro de 2006

A sustentável leveza do ser

Chego à conclusão que quanto mais penso na minha vida mais pesada ela se torna.
Ao contrário do que Kundera escreve, a vida é bem mais fácil de se levar quanto menos se pensar nela...
Claro que ajuda se tivermos uma vida bem preenchida, mas lá está...nós somos o que fazemos da nossa vida, logo quanto mais ocupada ela for, menos pesados se tornam cada um dos nossos pequenos assuntos, canalizando energias para os grandes...que apenas serão grandes se nós deixarmos que eles cresçam. Logo, talvez o segredo esteja em mantermos tudo bem leve, resolvendo as questões à medida que elas são colocadas por nós em perspectiva e deixarmos as big ones, aquelas que não dependem de todo de nós, bem arrumadinhas na gaveta do A resolver no futuro.
Filosofia barata, eu sei, mas lá que ajuda, ajuda...


Foto de Luís Lobo Henriques (www.olhares.pt)

sábado, 16 de dezembro de 2006

Objectivos para 2007 - parte I

Tentar viver a vida de forma mais simples...sem fazer planos... e focar-me mais em pequenas coisas que goste de fazer: eis a minha meta para 2007. Eu sei que ainda é cedo mas tenho que organizar as ideias, senão já sei que vai ser um ano complicado. Tenho sobretudo que me domesticar a mim própria...

quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Cumplicidades

Ontem fui (finalmente) buscar as últimas fotos das férias. A maior parte delas foram tiradas em plena Serra do Caldeirão durante umas caminhadas que eu e o R. fizemos em Setembro.
Houve duas que me despertaram a atenção. Fotografamo-nos um ao outro, sem que o outro se apercebesse, no mesmo sítio.
Ficaram muito bonitas...Talvez porque resultaram de um momento em que ambos fomos cumplices de nós próprios...Talvez porque a paisagem era simplesmente maravilhosa, num algarve rural, esquecido e sobretudo ainda intacto...onde a vegestação cresce naturalmente, povoando os barrancos, as picotas, as ruínas...onde os celeiros ainda são de colmo (sim! de colmo!!) e os medronheiros crescem selvagens...calmamente...
E o melhor de tudo é partilharmos estes momentos um com o outro...
Um momento...
É quanto basta para parar o tempo...e preencher uma vida...repleta de tantos outros momentos como este.


By Maganita, algures na Serra do Caldeirão, Setembro 2006



quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Mau gosto

Ontem recebi um postal de natal da empresa onde trabalho. Nele estava impresso os nomes de todos os trabalhadores…inclusivé os nomes dos trabalhadores que foram (e que estão) a ser despedidos. Parece-me que é uma iniciativa de mau gosto, a roçar o cinismo. Pergunto-me se esses colegas também receberam um postal igual…e o que pensarão disso.
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Estive durante a hora de almoço a escrever postais de Natal e dei-me conta que pela primeira vez vou começar o postal com Avó apenas...

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Cara de Segunda-Feira

A avaliar pela quantidade de gente que já me perguntou Que cara é essa? acho que devo estar com uma igual à da foto abaixo...



sábado, 9 de dezembro de 2006

Simplesmente Natal

Eu até gosto do Natal. Gosto sobretudo de estar com a família e partilhar esse momento com eles. Gosto de ver a mesa posta, a lareira acesa, as luzes da árvore a piscar, e sim, gosto de ver presentes lá debaixo...Mas mesmo sem os presentes ia gostar à mesma deste convívio. Mas de alguns anos para cá tenho vindo a gostar cada vez menos do Natal... Já não é a mesma coisa...De alguns anos a esta parte que oiço toda a gente à minha volta, sobretudo os meus pais, os pais do gaijo e o Gaijo, a dizerem que não gostam do Natal. Se nos primeiros anos não fez mossa, agora começa a ser-me dificil manter o entusiasmo...Porque o Natal não é apenas consumismo e comprar, comprar, comprar, logo não se mede pela quantidade de presentes (desculpem-me o lugar comum), mas ao marcarem constantemente essa posição acabam por resumir a essência da quadra a esse mesmo monstro que criticam: o consumismo...

Às vezes gostava que o Natal fosse simplesmente algo muito básico: estarmos todos juntos, sem ninguém estar a resmungar por isto ou por aquilo...

Se o Pai Natal existisse era isso que lhe pedia: um Natal simples, sem ninguém a resmungar por coisa alguma...

sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

Gaijo fora...

...dia santo em casa!!!


O Gaijo trocou-me este fim de semana pela sua amante de duas rodas e lá foi ele para uma prova de BTT no Gerês. Claro que já organizei a minha agenda em função de 48 h inteirinhas dedicadas à minha pessoa. E sabe muito bem ter este tempinho, ainda mais agora que tenho o curso à noite e os meus dias duram 18 horas.


Ando há alguns dias com muitas dores no peito. Não, não é em sentido figurado, é mesmo peito, mamocas. Andava a pensar um bocado nisto, até que fui espreitar à Pinkblue e parece que é normal para quem anda a tomar Dufine (que é o meu caso). De qualquer forma isto causa um desconforto do CARAÇAS!!!!!!! que até o sutiã aleija...Gaija sofre...
Bom, tenho de me despachar. Afinal, tenho uma agenda de gaija a cumprir: almoço fantástico feito pela je (vou fazer aquela massa que o gaijo não aprecia), tarde passada a tagarelar com a A.P. (vamos até à Ericeira...adoro ver o mar no Inverno), noite a decorar a árvore de Natal, com fortes probabilidades de acender a lareira...Uma maluqueira!!!


Ah...Vou estrear o casaco branco, pois está claro!!!!



quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

Espirito natalício

Continuo sem resposta para o mistério dos espelhos desaparecidos, mas em compensação houve um casaco branco muito giro que misteriosamente apareceu na bagageira do carro durante a hora de almoço… Claro que nesta época solidária temos de ser uns para os outros. Vai daí que quando ele me lançou um olhar desconsolado do cimo de uma prateleira pensei de mim para comigo: tadinho, precisas é do conforto do meu guarda-roupa. E num ímpeto de espírito natalício, pimbas! Trouxe-o comigo.

Claro que a culpa disto tudo é do novo director (cá está, o mau feitio em acção). Sim, porque não cabe na cabeça de ninguém marcar uma reunião para as 8h da manhã!!! O que é um abuso para os habitantes de Cascos de Rolha (que é onde eu moro), que fica logo a seguir a Alguidares de Baixo, lá para os lados do *** de Judas.

É que a malta tem de madrugar muito, para chegar a essas horas impróprias ao local de trabalho. Depois, claro, admiram-se do meu mau feitio fazer horas extraordinárias…
Adiante…A reunião até correu bem. Pelo menos não me deram um ingresso grátis para a fila do fundo de desemprego, o que eu até agradeci porque está a chover e não me apetecia nada andar à chuva. Sim porque essa "estória" de ser só molha parvos, é mentira!!!

Bom, resolvi dar um pulo de manhã até à faculdade para finalmente ir tratar do certificado da conclusão da pós graduação. Ideia triste porque levaram-me o coiro e oito tostões (agora não me ocorre o cambio em euros…) pela dita.
Depois admiram-se que apareçam casacos nos carros…


PS – continuo à espera do euromilhões com prémio. Não precisa de ser jackpot…
Afinal sou uma pessoa simples…e qualquer casaquinho me fica bem.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

Vá lá...

Exliquem-me como se eu fosse mesmo muito burra: porquê retirar os espelhos das casas de banho?

É que devolver as máquinas do café, da água e dos snacks, sob o pretexto que as pessoas ficam ali à conversa (ainda que não corresponda à verdade) eu até engulo…mas retirar os espelhos das casas de banho? A sério, alguém me explica isto tudo? É que está a começar a ficar além da minha compreensão…

Estou a ver que tenho de começar a trazer papel higiénico de casa, não? Assim está a ficar difícil de trabalhar…
A malta é rija, mas paciência tem limites…

Ó Faxavore...

...era um euromilhões aqui para a mesa do canto...

terça-feira, 5 de dezembro de 2006

Mau feitio

Poderia simplesmente dizer que sou refilona mas isso não corresponde exactamente à verdade. Na realidade eu sofro mesmo é de mau feitio crónico. É algo que surge normalmente logo pela manhã e tende a agravar-se durante o dia. Sob pressão pode ocorrer em qualquer altura...

Então não é que, no meio da barafunda em que anda este departamento, há um "gato pingado" de campo que resolve opinar acerca do lugar em que me devo sentar?
Foi mais forte do que eu: “Oiça lá, eu também lhe digo onde deve estacionar a carrinha?”

E pronto, mais um para o meu clube de fãs…

domingo, 3 de dezembro de 2006

Voltando a página...

Já Lavoiser advogava que na Natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma.
A vida é mesmo assim...
Ontem soube que a minha grande amiga T. vai divorciar-se. Esta minha amiga é como se fosse uma irmã para mim. Crescemos juntas, “pulávamos a cerca” juntas (mais ela do que eu, admito…sempre fui muito certinha), inventávamos mil e uma desculpas para conseguir sair à noite, íamos ao clube de vídeo só para meter conversa com o rapaz que estava ao balcão, enfim, fizemos juntas todas aquelas patetices de adolescentes, mas sobretudo crescemos juntas e ela é para mim a irmã que eu nunca tive. Por isso quando me disse que se ia divorciar, embora não fosse para mim propriamente uma surpresa, não pude deixar de sentir um aperto cá dentro. Ela tomou esta decisão sozinha, indo contra tudo e contra todos, lutando por algo que é tão básico que nem deve ser colocado em causa: o direito de ser simplesmente ela própria. De viver a vida também em função dos seus interesses e não apenas centrada na outra pessoa.
Acho que o mundo não está preparado para a T. Porque ela é uma pessoa muito especial, incapaz de uma má palavra, sempre pronta a ajudar e mesmo nesta hora difícil nunca mostrou ressentimentos, apenas expressou o seu desejo de viver também ela uma vida. Sinto um aperto cá dentro porque sei que não vai ser um período fácil e gostaria muito de poder evitar isso. Sei que as pessoas vão inventar mil e uma explicações e que muitas dessas explicações a vão magoar ainda mais. Sei que não posso evitar isso, apenas posso ouvir e dizer que tudo isto irá passar e que dias alegres virão. E eu sei que melhores dias virão. Ela é uma pessoa muito especial e merece ser muito feliz. E vai voltar a ser feliz. Tenho a certeza.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

Ontem

Hoje já estou mais calma, mas ontem foi definitivamente um dia para esquecer.
Quando ontem fui trabalhar estava longe de imaginar que terminaria o dia a pensar se tenho de facto um futuro naquela empresa.
Ontem vi pessoas com 14 anos de casa sem saber se segunda-feira será o seu último dia ali.
Ontem vi colegas que, de manhã, receberam elogios pelo seu bom desempenho e à tarde foram chamados para assinar a carta de rescisão.
Ontem vi pessoas a mexerem em pertences de outras sem sequer dizer "Boa Tarde". Foi uma tarde tão surreal que ainda agora que estou a escrever me custa a acreditar que aconteceu.
Ontem tinha um projecto novo dentro da empresa em que sabia que iria participar e onde esperava, inclusivamente, ganhar uma posição de maior responsabilidade. Hoje começo também eu a colocar em causa a minha continuidade.
Hoje em dia já é normal situações desta natureza acontecerem. Não foi a primeira “limpeza” que assisti nesta empresa. Mas esta foi feita com requintes de malvadez. O que me custa realmente é aceitar as coisas se façam sem o mínimo de dignidade, respeito e até de educação para com pessoas que durante anos se esforçaram (e muito) pela empresa e não poucas vezes em detrimento da sua vida pessoal e familiar. Pelo menos na hora do adeus poderiam ser um pouco mais humanos. Sobretudo nesta época do ano…
Tinha pensado em fazer a árvore de Natal hoje, mas não me sinto com espírito natalício. Acho que vou esperar pelo próximo fim-de-semana e ver como é que esta semana corre.